terça-feira, 27 de setembro de 2011

Só agora





























Só agora é que compreendo haver inventado
tantas maneiras de não ser,
ou de ser, dividido,
disperso.
Ah, vida simplesmente pensada
e não apenas vivida, ou se sonhando entre mil fogos,
e por isso despida
de seu dom de unidade ou de sua própria essência!
Colado à sombra das coisas, viajo desesperadamente,
dividido, disperso.
Onde estou, não sou.
Nunca sou totalmente.
E é um ficar, sem deter-me, e um partir, sem levar-me.


Emílio Moura
















Um comentário:

  1. Muito bom esse poema e só me resta aplaudir o poeta. Parabéns por mais esse post Geuzaaa rs

    Beijão de Eu pra Tu;)

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