sexta-feira, 29 de julho de 2011

Como perdemos um amor, afinal?
























O ser amado vai-se afastando imperceptivelmente:
 um cansaço aqui, uma outra escolha acolá,
tudo claro e justificado, às vezes com indignação.
Até ao fim respondemos com ingenuidade.
 Ou talvez com fingida indiferença.
E de um momento para o outro, encontramo-nos sós.
Descobrimo-nos do lado de fora de tudo,
 atirados para a irremediável secura do deserto. Sós.


Rui Monteiro

Um comentário:

  1. Gostei demais! O que é a poesia senão a identificação imediata do que lemos?

    Gostei do seu blog agora cheio de corações...
    Huuum rsrs bjs;)

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