sábado, 14 de maio de 2011

A quem...



























Não sei a quem o tempo obedece mas certamente não é a mim.
Todas as noites, à janela, espero.
Saio, entram pensamentos, volto, entram palavras.
Músicas tocam.
Não chegas, não vens.
Dia, dia e meio, pretérito.
E antes, a ausência.
Impressões, nostalgias, cumplicidades.
Fatigada, busco o tédio à perfeição.
E o seguinte dia, também espera.
Trocar as diferenças, colorir nuances, lapidar facetas.
Dia esse, outro também.
Vem, vou desarrumar-te.
Todo, todas às vezes.
Saudade.
Saudades.


Maria Odila

Nenhum comentário:

Postar um comentário