domingo, 24 de abril de 2011


A DROGA

Quase um segundo
e um mundo,
quase rotundo,
gira,
pira,
vira,
moribundo,
vagabundo.
Um mundo,
quase imundo,
quase fundo,
quase quase.
Um mundo
quase eu,
rubicundo,
violento,
ao relento,
sedento,
quase faminto.
Um mundo,
um labirinto,
quase vício.
Um precipício.
Um mundo,
quase um minuto.
E um mundo
quase amante,
distante,
gira,
pira,
vira.
E eu grito,
quase voo,
quase enjoo,
e rio
e choro
um mundo
quase alegre,
serelepe.
E eu agora,
quase hora,
um mundo
quase forte,
quase quase,
vida
e saída,
embora
eu
quase morte.

Jorge Ventura

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